EDUCAÇÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM SURDEZ
A
educação escolar de pessoas com surdez perpassa tempo e mudanças políticas. Houve e há até os dias
atuais embates políticos e epistemológicos sobre o bilingüismo. Nesse sentido a
educação dessas pessoas se fundamentaram em três abordagens diferentes: A
oralista, a comunicação total e o bilingüismo.
O
oralismo é um método de ensino para pessoas com surdez, no qual se defende que
a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é através de da língua oral, ou
falada. As pessas surdas que fazem uso deste método de ensino são considerados surdos
oralizados. O Oralismo objetiva também a integração do surdo na sociedade ouvinte, dando-lhe as condições necessárias para desenvolver a língua oral do seu país.
A
comunicação total propõe a completa liberdade na prática de diversas estratégicas que permitam a plena comunicação da pessoa com surdez, seja por
meio da oralidade, dos sinais ou pela junção desses métodos.
Segundo
Pierucci (1999), áqueles que defendem a cultura, a identidade e a comunidade
surda apóiam-se no discurso das diferenças, alegando que elas precisam ser
compreendidas nas suas especificidades, porém, pode-se cair na cilada da diferença,
que em nome da diferença, pode-se também segregar.
O
bilingüismo contribui para o desenvolvimento cognitivo, favorece na ampliação do pensamento criativo da criança surda. O
bilínguismo ressalta a atenção para o aspecto da identificação da pessoa com
surdez para com seus pares, que lhe possibilita e permita a construção e compreensão
da sua condição de surdo.
Ao
optar-se em oferecer uma educação bilíngüe, a escola está assumindo uma
política lingüística em que duas línguas passarão a co-existir no espaço
escolar. Além disso, também será definido qual será a primeira língua e qual
será a segunda língua, bem como as funções em que cada língua irá representar
no ambiente escolar. Pedagogicamente, a escola vai pensar em como estas línguas
estarão acessíveis às crianças, além de desenvolver as demais atividades escolares.
As línguas podem estar permeando as atividades escolares ou serem objetos de estudo
em horários específicos dependendo da proposta da escola. Isso vai depender de “como”
, ‘onde” e “de que forma” as crianças utilizam as línguas na escola. (MEC/SEESP,
2006)
Para
Mirlene
Ferreira Macedo Damázio, atualmente o maior problema na escolarização das
pessoas com surdez são as práticas
pedagógicas. Segundo a autora se faz necessário
repensar essas práticas para que os alunos com surdez, não acreditem que
suas dificuldades para o domínio da leitura e da escrita são advindas dos
limites que a surdez lhes impõe, mas principalmente pelas metodologias adotadas
para ensiná-los.
Bom dia Rejane
ResponderExcluirExiste uma necessidade real da manutenção das escolas bilíngües para os alunos surdos para que ocorra a verdadeira inclusão deles na sociedade, pois é na escola bilíngüe que se asseguram as condições necessárias a uma educação de qualidade: para que o surdo possa se constituir como sujeito há necessidade da presença de seus pares lingüísticos no seu processo de aquisição de língua e de conhecimento.
A língua de sinais implica na identidade e na cultura desses indivíduos, e não pode reduzir-se a uma experiência de linguagem “vocabular”, mas precisa ser de fato uma experiência comunicativa. Daí a importância das crianças com surdez estarem inseridas nas escolas bilíngües para aquisição e desenvolvimento da Libras.
Por essa razão nossas escolas devem adaptar-se ao aluno PS, haja vista que é na escola onde se dá o processo de aprendizagem escolar e a interação social com o diferente. Dessa forma, cabe aos professores utilizarem metodologias que venham a facilitar esse processo.
Abraços
Lourdes